Na última quinta-feira (06) a Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras (CNBF) conquistou a adesão das pessoas com deficiência no seu regulamento, garantindo legalmente a efetiva participação das Bandas e Fanfarras com deficiência nos Campeonatos Nacionais, além de servir como modelo e inspiração para as demais entidades estaduais e municipais.

Desde 2016 Célia Mozer, professora e regente da Fanfarra da Apae Curitiba, vem lutando pelo reconhecimento dessa categoria. Ela diz que começou a participar dos congressos e campeonatos no Paraná e em Santa Catarina para mobilizar essa ação. No início do ano o processo foi aderido no regulamento estadual e agora foi concretizado em uma das entidades do nacional pela CNBF, com um dos diretores da entidade, Sérgio Pacheco.

Após seis anos a conquista chegou oficialmente. ‘’Esse foi o primeiro passo que a gente deu. Antes nós não éramos vistos de uma forma legal e a partir desse momento começamos a ser vistos pelo Brasil todo.’’

Existem outras entidades que servem de apoio ao processo de inclusão, mas nem sempre isso ocorre de forma fácil. Mesmo com os direitos garantidos pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência em 2015, esse avanço só foi possível através de iniciativas como a de Célia. ‘’Assim a Apae Curitiba serve de modelo para as demais bandas e fanfarras com deficiência e passa a ser um incentivo às demais, para poderem começar a participar desses eventos’’. Finaliza.

A Fanfarra da Apae Curitiba

Fanfarra da Apae Curitiba tem o intuito de promover aos estudantes as primeiras noções do contexto musical e proporcionar o senso de cooperação, respeito à disciplina e inclusão social. O objetivo é desempenhar novas tarefas e buscar incluir estudantes com outras habilidades artísticas.

Além de manter a inclusão e dar novas oportunidades, promove o conhecimento e a interação com outros músicos e maestros, assim tendo contato direto com instrumentais ainda desconhecidos pelo grupo. A Fanfarra da Apae Curitiba é a única corporação, na categoria de inclusão, que vem participando desses campeonatos, sendo assim, tem buscado adaptações em muitas situações e contextos para pessoas sem deficiência.

FONTE: https://apaecuritiba.org.br